Casal de trabalhadores fogem de situação análoga a escravidão na Bahia
Um homem e uma mulher fugiram de uma fazenda no interior de Simões Filho, na região metropolitana de El Salvador, e relataram que estavam em condições de trabalho análogas à escravidão.
Na terça-feira (02), após denúncia de uma vítima, atraída por um anúncio na internet, agentes do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram ao local e descobriram a situação denunciada. O dono da fazenda foi identificado e preso.
Segundo a PRF, os trabalhadores dormiam em ambiente instável e insalubre, sem camas ou colchões. Além disso, o local costuma ser visto com ratos e baratas, é sujo e a única comida são produtos vencidos, que são os mesmos dos animais de fazenda.
A polícia também disse que teve um dia de trabalho exaustivo, sem tempo para começar ou terminar o trabalho. As folgas eram concedidas a cada duas semanas. Para agravar a situação, os trabalhadores disseram que eram humilhados e constantemente recebiam ameaças verbais.
De acordo com a PRF, auditores do trabalho foram até o imóvel rural, prenderam o proprietário e levaram para sede da Polícia Federal, em Salvador. A polícia, contudo, não detalhou se ele permaneceu preso ou se foi liberado após prestar esclarecimento.
Uma operação realizada em julho resgatou 337 trabalhadores em condições de trabalho análogo à escravidão em 22 estados, além do Distrito Federal. Vinte desses trabalhadores foram resgatados na Bahia.
Os casos podem ser denunciados à polícia através da central telefônica pelo número 191. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.

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