Pinguim é encontrado na praia de Paripe no subúrbio de Salvador
Um pinguim foi visto na praia de Palipe, nos arredores de El Salvador, na tarde desta segunda-feira (18). O animal apareceu na água e chegou a caminhar pela faixa de areia, “interagindo” com as pessoas presentes, antes de retornar ao mar.
Moradores e banhistas até ligaram para a Guarda Nacional da cidade (GCM), mas cancelaram depois que a ave voltou à água e desapareceu. Aparentemente, o pinguim estava saudável e ileso.
Este é o segundo pinguim a ser visto na costa da capital baiana nesta segunda-feira. Nas primeiras horas da manhã, um grupo de velejadores avistou outro animal nadando em um trecho de água na Praia do Porto da Barra.
Em ambos os casos, os animais eram da espécie pinguim de Magalhães. O biólogo José Amorim explicou que, embora não seja comum ter duas situações semelhantes no mesmo dia, elas podem ocorrer devido a ondas de migração.
No início de julho, um pinguim foi encontrado também na Barra, na região do Yatch Clube. A Guarda Civil Municipal foi acionada, resgatou o animal e o levou para o Instituto de Mamíferos Aquáticos (IMA), mas ele não resistiu e acabou morrendo.
José Amorim detalhou que esses animais saem da Patagônia, no extremo sul da América do Sul, e chegam à costa baiana por causa de correntes marinhas indevidas durante o percurso.
“Eles navegam milhares de milhas náuticas, chegam aqui cansados, com fome, precisando de cuidados, muitas vezes. O animal já chega estressado, com estado de saúde bem debilitado. O que deve se fazer é chamar o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e vai ser dado o devido fim”, disse.
Amorim alertou que a recomendação é não pôr o pinguim em geladeira, como muitos costumam fazer. O ideal é aquecer a ave com algum tipo de toalha e acionar os órgãos públicos especializados no manejo com o animal.
“Só se deve conter o animal se ele chegar à praia e apresentar sinais evidentes de cansaço. Aí sim deve fazer a contenção com toalha. Nada de colocar em gelo, em freezer. O animal precisa ser realimentado, levado à quarentena, para, se sobreviver, ser devolvido ao seu habitat natural”, pontuou o especialista.

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